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16.8.05

Lulina e os Causadores - Quinta-feira (11/08)

Em Recife, treloso é aquele menino agitado, que não pára quieto. Em outras palavras, um causador. Tendo isso como princípio básico, posso começar a escrever como foram os quatro dias no Recife. Bruno e eu chegamos em Guarulhos na quarta-feira à noite, com cerca de duas horas de antecedência. Por causa disso ficamos esperando um tempão até chegar a hora, no aeroporto que estava praticamente vazio. Lá mesmo já começamos um flow que iria nos acompanhar até nossos últimos minutos na cidade, o gauchismo sem limite ao estilo do Tony da Gatorra da nossa cabeça, que não tem muito a ver com o verdadeiro Tony, mas tudo bem. No avião, mal conseguimos dormir, ficamos causando, conversando, mantendo um flow até chegar lá. Quase chegando, vimos o sol nascer, uma cena emocionante, que pintava o céu de tons de lilás, laranja e azul. Chegamos elétricos ao aeroporto de Recife, mesmo sem ter dormido nada. Tati e Vivi do Coquetel Molotov buscaram a gente e levaram até a casa de Aninha. Já foi uma recepção e tanto, com um café da manhã pros zumbis famintos vindos de São Paulo. Assim que acabamos de comer, botamos uma bermuda (ou seria SHORTS, bixo?), calçamos nossos chinelos e fomos caminhar na praia de Boa Viagem, em frente ao apartamento de Ana. Foram umas duas horas andando na areia, colocando o pé de vez em quando na água (com medo por causa dos tubarões) e claro, com uma camada gigante de protetor solar. Era tudo o que a gente precisava depois da viagem. Saindo da praia, fomos direto pro hotel, que ficava ali mesmo naquela praia, mas quase no fim da avenida. Conseguimos entrar antes do meio dia, tomar um banho e deitar um pouco antes de nos encontrarmos com Lulina e Monstro (Léo). Quando finalmente nos encontramos (depois de muito tempo do último ensaio) foi alegria pura. Saímos pra almoçar no Bar do Biruta (ou algo assim), em frente à praia. Comi um potinho de caranguejo que estava uma delícia, e um prato de arroz com brócolis e camarões no queijo. Puta que o pariu, como estava bom aquilo, em frente o mar, com os causadores. Ali começou o balofismo, que também iria nos acompanhar até o último dia de viagem.

Saindo dali, fomos dar um volta de carro pela cidade, conhecer vários lugares bonitos e a Livraria Cultura de lá, que é fuderosa. Aí fomos pra uma rádio ali perto, onde a Lulina deu uma entrevista falando do show e de seus discos. Lá mesmo encontramos com Irina, que trabalha ali perto, e fomos tomar um maltado em Recife Antiga. O maltado é tipo um leite com chocolate de sabor forte, uma delícia. Estava cremoso que só a gota serena. Depois fomos conhecer mais coisas, subimos num lugar (a Torre Malakoff - valeu Léo!) onde se tem uma vista linda da cidade. Ficamos ali conversando e apreciando um quase pôr-do-sol. Voltamos pro hotel pra tomar banho, pegar o Gui (que chegou à tarde) e ir pra casa de Lulins, já que havíamos sido convidados para um jantar de deliciosas comidas típicas. E bom, quando chegamos lá, logo percebemos que ali havia algo especial. Nunca fui tão bem recebido em toda minha vida, sendo abraçado por todos os lados, conhecendo gente feliz que não parava de sorrir, gente com um coração enorme. Tava lá todo mundo. Bethânia, mãe da Lulins, tia Cati, tia Ana, os dois irmãos, a prima, e o tio baixista que teve uma banda. Puta merda, todo mundo bonzinho, uns amores. São pessoas que gostam do verdadeiro flow, de conversar, de contar tudo. Que alegria. Ganhamos uns apelidos: Bruno (Renato Russo); Gui (John Lennon); Eu (Seven, Tiago – primo de Lulins que segundo a tia dela tem um jeito parecido com o meu – e Luciano – porque todo mundo me achou muito parecido com Luciana Lins). Isso é uma coisa que ouvimos muito em Recife: “Lu, esse é teu irmão? Caramba, ceis são muito parecidos!” Aqui já falaram isso, mas lá quase todo mundo falou.

Bem, já vou direto pra parte das comidas: tinha um escondidinho blasé (ou amostradinho) extra-cremoso, arrumadinho delicioso, farofa de jerimum, batata doce, macaxeira frita e suco de cajá e um outro suco delicioso, não lembro se era de mangaba. Foi ali que nos apaixonamos por cajá, a fruta divina do nordeste. Que suco fudido! Devo estar esquecendo de alguma coisa, mas tudo ali era tão gostoso que comemos feito uns loucos, querendo experimentar de tudo, sem parar. Foi uma cena no mínimo engraçada, porque já estávamos suando de tanto comer. De sobremesa, bolo de rolo, doce de leite em tablete e mais alguma outra coisa que não me lembro o nome mas que estava extremamente foda, assim como toda a refeição. Depois de comer, o ótimo e interminável flow com a família da Lulins continuou. Conversamos sem parar por muiiito tempo e rolou até uma promessa de voltar pra lá em janeiro. Imagina só? Não dá pra descrever em palavras como foi. Só quem esteve naquela mesa sabe o que foi aquela situação e o sentimento de estar ali.

De coração partido fomos embora para a festa pré-festival no London Pub, um barzinho arrumado de Recife Antiga. Lá o Gui discotecou, e a gente ficou causando, pedimos até uma cajaroska, bah! Já bem tarde, eu estava quase um zumbi, morrendo de sono. Pegamos a van que ia pro hotel. Cheguei lá e dormi como um bebê.

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