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19.8.05

Daê.

Me sinto cansado e desanimado. Sem ter vontade de fazer um monte de coisas que eu provavelmente deveria ter. Uma delas é escrever aqui. Não tenho me sentido bem. E sei, faltam mais dois posts sobre Recife, mas fica pra próxima. Vou guardar com carinho todas as lembranças comigo, pra não deixar escapar. Agora vou dormir. Vejo vocês num próximo sonho, ou num próximo blog.

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17.8.05

Lulina e os Causadores - Sexta-feira (12/08)

Acordamos às 9h20 pra tomar café. O Gui causador ficou dormindo. Descemos o elevador com dois caras do Dungen, que também iam tomar café. Pra quem curte um balofismo, o café da manhã estava perfeito: charque (no café!), comidas típicas nordestinas, uma mulher fazendo omelete do jeito que você pedia, pães e café. Bebemos um copo gigante de café, pra ficar acordado o dia todo. Subimos ao quarto pra tomar banho e escovar os dentes, e logo fomos pro ensaio. Era nosso único ensaio na cidade, e o único com Firubas, o André que toca no Bonsucesso Samba Clube. O estúdio era bem legal, grande e com bons amplificadores. As guitarras que Firubas fez pras músicas da Lulins ficaram fodas, usando uma caralhada de pedais e efeitos esquisitinhos. Eu curti. O ensaio rolou legal, logo já estava bom pro show, tudo ensaiadinho.

Após três horas de ensaio, Firubas deixou a gente na casa de Léo, onde pegamos o carro e fomos pra Olinda. Ah, Olinda. A Lulina, que morou lá, foi lembrando da escola dela, das histórias antigas e de várias outras coisas. Lá de cima deu pra ver Recife toda, uma vista maravilhosa. Fomos numa tendinha que vendia tapioca, pedi uma de camarão com queijo, que vinha explodindo de tanto camarão. Só três reais por aquela maravilha! Depois, em lojinhas ali perto tomamos picolé de cajá, claro, e ficamos dando risadas nas coisas que tinha pra vender. Saímos de lá pra dar umas voltas nos morros de Olinda, e ficamos pedindo pra Lulins e Léo pra ver um boneco de Olinda. Ela disse: “não tem boneco de Olinda em toda esquina, ainda mais fora de época”. Assim que ela falou isso, olhamos pra uma portinha e o que tinha lá dentro? Um boneco de Olinda gigante dançando! hahaha Foi uma cena sensacional! Passamos mal ao ver aquilo, ainda mais porque a gente tava torcendo pra ver um. No mesmo minuto a Criz ligou no meu celular, e tudo o que ela ouviu foi uma gritaria sem fim: “Boneco de Olinda! Fudido! Bah!”.

Passada a euforia, fomos num restaurante de comidas típicas por quilo chamado Parraxaxá. Tinha tanta coisa que eu não sabia o que pegar. Coloquei pouca comida, mas quando me sentei percebi que tive os olhos maiores que o estômago. Não agüentava comer tudo, simplesmente porque tinha muito camarão naquela tapioca de Olinda. Deixei comida no prato, a única vez na viagem que fiz isso. Pelo menos consegui tomar todo o suco de cajá que pedi, mesmo já começando a sentir azia. Do restaurante fomos direto pro festival, na Universidade Federal do Pernambuco. Chegando lá o Gui montou a barraquinha da Peligro e nós ficamos por ali, ora vendo um show, ora sentado na barraquinha. Fiquei feliz que ele vendeu muito CD. Nesse primeiro dia dois sujeitos esquisitos apareceram por lá: Lustroso e Whiskão. O Lustroso ficava enchendo o saco sobre a capa do Dungen, sobre as camisetas que tinham pra vender e o Whiskão lá, fazendo perguntas idiotas sobre música e bandas ao Gui. Foi irritante e engraçado ao mesmo tempo.

Vimos o show do 3 ETs Records, que estava muito baixo. Achei meio esquisito. Pelo menos tinha aqueles etzinhos dançando lá na frente, e depois a Lulins acabou comprando um deles pra ela. Bom, vou direto aos shows principais. Pra começar, o som estava horrível nesse dia, não dava pra ouvir nada direito. Apesar disso, o Mombojó fez um show legal, quase inteiro de músicas novas. E o Hurtmold foi igual o que sempre é em São Paulo, ou seja, foi bom. Já o Dungen foi sensacional. Muita gente detestou, comparadando à Led Zeppelin e chamando o quateto de hippie. Eu achei muito foda, apesar do som horrível e baixo, pois mal se ouvia o que eles faziam no palco e o Rhodes estava apagado. Enfim, esse foi o ponto baixo. Mas que banda foda e que disco excelente eles têm na mão. Acabando o show, todo mundo ficou enrolando e acabamos não indo pra lugar nenhum. Ali conheci o mito Flávio, mais conhecido como Óculos (que merecia um post só pra ele), e combinamos dele passar no dia seguinte no hotel, pra levar a gente pra dar a volta de barco pela cidade. Chegando no hotel, pegamos um táxi até o Pin Ups, uma hamburgueria meio America. Bruno e Gui comeram uns sanduíches lá, e Gui bebeu suco de cajá (claro) e mais um outro esquisito que não gostei. Eu já estava morrendo de sono. Chegamos no hotel umas cinco da manhã, escovei meus dentes, deitei e dormi rapidinho.

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16.8.05

Lulina e os Causadores - Quinta-feira (11/08)

Em Recife, treloso é aquele menino agitado, que não pára quieto. Em outras palavras, um causador. Tendo isso como princípio básico, posso começar a escrever como foram os quatro dias no Recife. Bruno e eu chegamos em Guarulhos na quarta-feira à noite, com cerca de duas horas de antecedência. Por causa disso ficamos esperando um tempão até chegar a hora, no aeroporto que estava praticamente vazio. Lá mesmo já começamos um flow que iria nos acompanhar até nossos últimos minutos na cidade, o gauchismo sem limite ao estilo do Tony da Gatorra da nossa cabeça, que não tem muito a ver com o verdadeiro Tony, mas tudo bem. No avião, mal conseguimos dormir, ficamos causando, conversando, mantendo um flow até chegar lá. Quase chegando, vimos o sol nascer, uma cena emocionante, que pintava o céu de tons de lilás, laranja e azul. Chegamos elétricos ao aeroporto de Recife, mesmo sem ter dormido nada. Tati e Vivi do Coquetel Molotov buscaram a gente e levaram até a casa de Aninha. Já foi uma recepção e tanto, com um café da manhã pros zumbis famintos vindos de São Paulo. Assim que acabamos de comer, botamos uma bermuda (ou seria SHORTS, bixo?), calçamos nossos chinelos e fomos caminhar na praia de Boa Viagem, em frente ao apartamento de Ana. Foram umas duas horas andando na areia, colocando o pé de vez em quando na água (com medo por causa dos tubarões) e claro, com uma camada gigante de protetor solar. Era tudo o que a gente precisava depois da viagem. Saindo da praia, fomos direto pro hotel, que ficava ali mesmo naquela praia, mas quase no fim da avenida. Conseguimos entrar antes do meio dia, tomar um banho e deitar um pouco antes de nos encontrarmos com Lulina e Monstro (Léo). Quando finalmente nos encontramos (depois de muito tempo do último ensaio) foi alegria pura. Saímos pra almoçar no Bar do Biruta (ou algo assim), em frente à praia. Comi um potinho de caranguejo que estava uma delícia, e um prato de arroz com brócolis e camarões no queijo. Puta que o pariu, como estava bom aquilo, em frente o mar, com os causadores. Ali começou o balofismo, que também iria nos acompanhar até o último dia de viagem.

Saindo dali, fomos dar um volta de carro pela cidade, conhecer vários lugares bonitos e a Livraria Cultura de lá, que é fuderosa. Aí fomos pra uma rádio ali perto, onde a Lulina deu uma entrevista falando do show e de seus discos. Lá mesmo encontramos com Irina, que trabalha ali perto, e fomos tomar um maltado em Recife Antiga. O maltado é tipo um leite com chocolate de sabor forte, uma delícia. Estava cremoso que só a gota serena. Depois fomos conhecer mais coisas, subimos num lugar (a Torre Malakoff - valeu Léo!) onde se tem uma vista linda da cidade. Ficamos ali conversando e apreciando um quase pôr-do-sol. Voltamos pro hotel pra tomar banho, pegar o Gui (que chegou à tarde) e ir pra casa de Lulins, já que havíamos sido convidados para um jantar de deliciosas comidas típicas. E bom, quando chegamos lá, logo percebemos que ali havia algo especial. Nunca fui tão bem recebido em toda minha vida, sendo abraçado por todos os lados, conhecendo gente feliz que não parava de sorrir, gente com um coração enorme. Tava lá todo mundo. Bethânia, mãe da Lulins, tia Cati, tia Ana, os dois irmãos, a prima, e o tio baixista que teve uma banda. Puta merda, todo mundo bonzinho, uns amores. São pessoas que gostam do verdadeiro flow, de conversar, de contar tudo. Que alegria. Ganhamos uns apelidos: Bruno (Renato Russo); Gui (John Lennon); Eu (Seven, Tiago – primo de Lulins que segundo a tia dela tem um jeito parecido com o meu – e Luciano – porque todo mundo me achou muito parecido com Luciana Lins). Isso é uma coisa que ouvimos muito em Recife: “Lu, esse é teu irmão? Caramba, ceis são muito parecidos!” Aqui já falaram isso, mas lá quase todo mundo falou.

Bem, já vou direto pra parte das comidas: tinha um escondidinho blasé (ou amostradinho) extra-cremoso, arrumadinho delicioso, farofa de jerimum, batata doce, macaxeira frita e suco de cajá e um outro suco delicioso, não lembro se era de mangaba. Foi ali que nos apaixonamos por cajá, a fruta divina do nordeste. Que suco fudido! Devo estar esquecendo de alguma coisa, mas tudo ali era tão gostoso que comemos feito uns loucos, querendo experimentar de tudo, sem parar. Foi uma cena no mínimo engraçada, porque já estávamos suando de tanto comer. De sobremesa, bolo de rolo, doce de leite em tablete e mais alguma outra coisa que não me lembro o nome mas que estava extremamente foda, assim como toda a refeição. Depois de comer, o ótimo e interminável flow com a família da Lulins continuou. Conversamos sem parar por muiiito tempo e rolou até uma promessa de voltar pra lá em janeiro. Imagina só? Não dá pra descrever em palavras como foi. Só quem esteve naquela mesa sabe o que foi aquela situação e o sentimento de estar ali.

De coração partido fomos embora para a festa pré-festival no London Pub, um barzinho arrumado de Recife Antiga. Lá o Gui discotecou, e a gente ficou causando, pedimos até uma cajaroska, bah! Já bem tarde, eu estava quase um zumbi, morrendo de sono. Pegamos a van que ia pro hotel. Cheguei lá e dormi como um bebê.

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10.8.05

Báh!

A intensa semana de trabalho não me deixou escrever nada esses dias. Tudo bem. Hoje a noite pego o avião pra Récife, vou descansar (até parece) um pouco, causar, dar uma de balofo, tirar fotos e no sábado tem o grande show da Lulina e os Causadores no Festival No Ar: Coquetel Molotov.

Ansiedade? Pode ser. Mal dormi ontem, e mal vou dormir até segunda que vem, o que implica em causar com o Bruno até não poder mais, e não dar sossego a ninguém a nossa volta por quatro dias! Bom, amanhã tô lá. Na volta faço um post contando como foi. Bái.

Dia 12.08 (sexta-feira)

TEATRO UFPE
Shows (Início às 20h)
Rádio de Outono
Mombojó
Hurtmold (SP)
Dungen (Suécia)

SALA CINE UFPE
Showcases (Início às 17h)
Monodecks
3 ET's Records
Profiterolis

Dia 13.08 (sábado)

TEATRO UFPE
Shows (Início às 20h)
Mellotrons
Lulina (SP/PE)
Berg Sans Nipple (França)
The Kills (Eua/Inglaterra)

SALA CINE UFPE
Showcases (Início às 17h)
Embuás
M. Takara (SP)
Re:Combo

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8.8.05

Sábado foi um dia clássico. Começou com o disco do Teenage Funclub que o Denem levou, mais clássico impossível. Tomamos café com queijo fresco e biscoitos o que, pelo menos pra mim, é bem clássico. Depois fomos ao cinema. Vimos Sin City. Gostei, achei legal e muito bem feito. Talvez não tããão legal quanto dizem, mas tem que ver. Aí fomos pra Liberdade comer. Achamos uma ruela e paramos o carro. A comida do lugar estava boa, embora já tenha comido melhores. Eu tenho que exercitar meu lado oriental uma vez por semana, senão passo mal. Comer com hashi, me sentir no Japão, me enganar um pouco. Preciso disso. A sobremesa estava foda. Tempurá de sorvete. Nunca tinha comida, e gostei muito. Depois voltamos pra casa, ficamos ouvindo mais coisas clássicas, descansando e conversando, enquanto assistíamos a um programa ótimo do National Geographic, o Trabalho Pra Cachorro.

No domingo, botamos a mão na massa e fizemos um penne com nosso molho secreto. De boca qentrada, shimeji na manteiga com cebolinha. Uma delícia. Ganha de qualquer restaurante meia ue tem por aí. Ah, e passei o fim de semana ouvindo o Deserter's Songs do Mercury Rev, e tenho que assumir, é um puta disco incrível. Como diz o Dago, parece trilha sonora da Disney. Ele tem razão. Me senti num filme do Mickey ou coisa parecida.

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5.8.05

discotequinha sem vergonha

Esqueci de contar que ia discotecar no Milo ontem. Na verdade foi o trio TramaVirtual Six-Fer-Emo. Eu gostei, apesar de saber que não nasci pra ser DJ. Deu pra colocar umas coisas legais, dar uma causada e dançar com a turminha.

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say cheese baby, we all love you, but it's a cheap world and you don't exist

Pensei que o Mike Patton fosse um cara decente. Sei que ele é um cara excêntrico e bizarro, mas por essa eu não esperava. Fantômas no Brasil? Não foi dessa vez. O motivo é bem simples: as exigências feitas pela banda não foram atendidas pelo festival. Não me venham com essa que a banda está sem baterista, porque o ex-baterista do Frank Zappa está tocando com eles. O que passa é que eles queriam passagens de primeira classe pras esposas e coisas do tipo. Sabe como é né. Ele foi do Faith No More, tá lembrado? Aquela banda legal que fez sucesso em 91/92. 14 anos atrás. É. Mas e aí? Quem é Mike Patton hoje em dia? Ninguém sabe responder direito essa pergunta a não ser uns poucos fãs de Mr. Bungle que sempre acompanharam o que ele fez. Fora esse público, ninguém mais sabe. Já vi vídeos de shows do Fantômas (e de outros projetos) na gringa em lugares minúsculos, com meia dúzia de fãs. Lugares precários. Aí são chamados pra tocar no Brasil, num festival legal (tá, nem tão legal assim, mas com um som OK num lugar grande) e cobram 30 mil reais. Foram atendidos. Depois começaram a pedir mais, coisas que fora do combinado. Aí não deu. Fico do lado da organização do festival, pois ninguém tem que atender merda nenhuma de exigência de Mike Patton. Ele se provou um grande idiota, um zé ninguém com resquícios de que um dia fez sucesso. O Mr. Bungle acabou por isso. Por culpa dele e de mais ninguém. E por causa de mais uma dessas ninguém vai ver Fantômas no Brasil. Não vou parar de ouvir os discos, não vou gostar menos dele musicalmente. Longe disso. Mas fica aí a lição. E outra, a última coisa realmente genial que ele fez foi o Disco Volante.

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3.8.05

Dr. Dog - Easy Beat

Caralho, esse disco é muito bom. Fudido do início ao fim, músicas lindas, levadas geniais e até um pouquinho de esquisitice meio Elephant 6. Talvez seja meu disco do mês. Talvez não. Sem dúvida é meu disco do mês.

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2.8.05

coquetel molotov

O site do festival já está no ar, desculpe o trocadilho.

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saudade do tony?

Vê se existe coisa mais genial do que isso. Ah, e as mulheres lindas e fofinhas de São Paulo podem ligar pra ele, que o homem tá solteiro. Esteio não é tão longe assim, é?

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1.8.05

vou explodir de tanta alegria

Putz.

E o show ontem? Foi um creme, creme, creme de birigui, parafraseando a Lulins. Comparado ao outro que toquei, esse foi bem melhor. Primeiro porque o som estava na altura certa, deu pra ouvir tudo direitinho. Segundo porque estavam todos inspirados e felizes, então foi pura alegria. Tocamos 13 músicas oficiais e mais umas sete, que foram pedidas pelo público delicioso que estava no Milo ontem. Deu pra tocar "Sangue de ET", hit fudido que a Lulina fez um dia desses. Aliás, tem música da Lulina que não seja hit? Deu pra tocar várias novas, que o público ainda não conhecia, e tocar também os hits antigos que foram pedidos. Mesmo sem ensaio deu certo. E rolou o "Kraut da Musicalidad", que a gente fez no dia anterior no ensaio, de brincadeira. O momento supremo foi o Dago estourando o champagne em "Bosta Nova". Todo mundo empolgado, cantando, dançando, pedindo música e rindo. Tem coisa melhor?

Que venha Recife, a gente tá preparado. Vamos nos divertir de montão, que é o mais importante.

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